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Coordenador regional do <i>campus</i> de <b>Alto Araguaia</b> avalia sua gestão
Coordenador regional do <i>campus</i> de <b>Alto Araguaia</b> avalia sua gestão
19/05/2006 16:16:02
por Coordenadoria de Comunicação Social

À frente da coordenação do campus regional da Unemat em Alto Araguaia desde novembro 2002, o professor Ms. Milton Chicalé Correia vai se afastar do cargo a partir de 30 de junho para cursar doutorado em Educação na Universidade Estadual Paulista (Unesp), na cidade de Marília.

O mandato do professor Chicalé se estenderia até o 3 de novembro deste ano. Entretanto, com a aprovação no Programa de Pós-Graduação, as ações agora são no sentido de preparar a transição, concluir os trabalhos e prestar contas da sua administração.

Em entrevista, o professor afirmou que para alcançarmos resultados em qualquer atividade humana devemos nos orientar por planos, metas e estratégias de atuação. Com esta visão, Chicalé somou conquistas para o campus de Alto Araguaia, como a aquisição definitiva do prédio onde funciona a Universidade, a construção de laboratórios, melhoria na infra-estrutura, ampliação da biblioteca, além da implantação de um novo curso de graduação em Comunicação Social.

A seguir, o professor Ms. Milton Chicalé avalia seus 3 anos e 5 meses na coordenação regional da Unemat.

Como o senhor avalia esses anos à frente da Unemat em Alto Araguaia?

Adoto uma postura de não ficar criticando as gestões anteriores. A realidade era diferente. Minha realidade foi com orçamento maior, já com a implantação de orçamento próprio do campus, com um investimento maciço da Reitoria, como nenhuma outra reitoria havia investido, e também um investimento da atual gestão da Prefeitura Municipal. Paralelamente, muitos dos nossos docentes retornaram de suas qualificações, em nível de mestrado e doutorado, e os professores substitutos também têm realizado um grande trabalho. Isso reflete diretamente na qualidade do ensino. Temos apoio da imprensa local, da sociedade civil organizada e da própria comunidade acadêmica. Tudo isso somou ao trabalho que desenvolvemos à frente da Unemat de Alto Araguaia. Por exemplo, a aquisição definitiva deste imóvel onde funciona o campus possibilitou novas conquistas. Nós investimos em reformas, como ampliação do imóvel edificado, compra de material permanente, e a biblioteca recebeu mais de cem mil reais em acervo. Todas essas conquistas foram graças ao nosso trabalho, a gente batalhou muito, mas o ambiente que encontramos realmente foi muito propício.

Como está sendo esta fase de transição?

O doutorado iniciou em março deste ano, entretanto estamos tomando o cuidado para que a transição se dê de forma tranqüila e sem sobressaltos. Neste período temos dialogado muito com o professor que irá assumir o cargo pró-tempore, Ms. Osmar Quim, que é membro do colegiado regional, no sentido de dar continuidade às políticas e aos planos traçados para este campus regional. A Unemat em Alto Araguaia está crescendo, mas os desafios são constantes. No ato da transição vou prestar contas e dizer o que ele está recebendo, e como ele está recebendo o campus.

Qual o papel da Unemat na cidade de Alto Araguaia?

A Unemat contribui para transformar a cidade de Alto Araguaia num pólo educacional, e ao mesmo tempo, movimenta a economia local. No caso do novo curso de Comunicação Social, por exemplo, aproximadamente 45% dos acadêmicos vêm de outras cidades. Assim como o curso de Computação e o de Licenciatura em Letras também atraem alunos de fora. Muitos desses acadêmicos moram e consomem aqui fazendo circular mais dinheiro na cidade. A própria folha de pagamento despeja mensalmente em Alto Araguaia duzentos e cinqüênta mil reais, o que movimenta significativamente o comércio da cidade.

Qual a importância deste campus de Alto Araguaia para a Unemat?

A estruturação da Unemat nesses últimos anos foi no sentido de estar presente em todas as regiões do Estado de Mato Grosso. Alto Araguaia tem uma localização estratégica por estar próxima do centro político, legislativo e judiciário do país que é Brasília, de Goiânia, do Triângulo Mineiro, do noroeste do estado de São Paulo e de Mato Grosso do Sul. Este campus atende, além da população local, às micro-regiões de Alto Taquari e Alto Garças.

No início deste ano tivemos um novo curso ofertado em Alto Araguaia de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Está sendo estudada a implantação de novos cursos no campus?

De acordo com o convênio firmado com a prefeitura municipal de Alto Araguaia, esta apóia financeiramente os sete primeiros meses de implantação do curso de Comunicação Social, com um repasse mensal no valor de vinte e dois mil e duzentos reais. Em 31 de julho termina esse compromisso. Dessa forma, os recursos devem ser aplicados na implantação de outros cursos, de acordo com as necessidades locais. A partir de pesquisa feita junto às escolas do ensino médio da cidade, concluímos que os educando têm interesse pela implantação de cursos como Educação Física, Direito e Matemática. Estamos avaliando a possibilidade de implantar curso regular de Licenciatura Plena em Matemática em regime de turma especial única. Temos estrutura para a partir de agosto oferecermos este novo curso.

Como é a relação da coordenação com a administração central da Unemat?

A relação da coordenação regional do campus e dos departamentos com a administração central da Unemat, com a Reitoria, as Pró-reitorias e os Institutos são excelentes. O Professor Ms. Taisir Karim jamais esqueceu de Alto Araguaia. Nenhum outro Reitor, nenhuma outra reitoria investiu mais no campus. A própria implantação desse curso de Comunicação Social foi um ato de coragem, um ato decisivo.

Quais os desafios que o novo Coordenador tem pela frente?

O desafio que eu caracterizo como sendo o mais marcante é com relação à infra-estrutura. Este prédio é histórico e tem mais de 60 anos, tem um grande valor arquitetônico e é bem localizado. No entanto, precisa de muitas obras de melhoria e modernização da estrutura. Nesse sentido, é um grande desafio continuar essas reformas na infra-estrutura; reformas substanciais, não apenas superficiais. E, ao mesmo tempo, investir na construção de novas instalações, equipar e manter laboratórios, ampliar e atualizar constantemente o acervo bibliográfico e, claro, batalhar pela implantação de novos cursos, que é uma cobrança e necessidade da comunidade local e dos municípios vizinhos. Os desafios não param.

Danielle Tavares

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